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sábado, 16 de janeiro de 2016

OLHE PARA SI MESMO AGORA



É tempo de olhar 

para cima e 

para dentro de você!


É tempo de olhar para cima e para dentro de você!

utor Flávio Bastos - flaviolgb@terra.com.br


"Se não existe vida fora da Terra, 
então o universo é um grande desperdício de espaço". 

(Carl Sagan)


Sobrenatural, segundo o dicionário, é aquilo que vai além do natural, do comum, do trivial, ou seja, tudo que não passa pela análise da sensorialidade comum associada à dimensão da matéria. Fatos pertencentes à área da fenomenologia que não são ou foram cientificamente comprovados. Como, por exemplo, a existência de extraterrestres inteligentes ou de fantasmas.

Na verdade, precisamos ver para crer como nos informa o velho teste de São Tomé, que atesta aquilo que é ou não real diante de nossos sentidos, mas que revela uma visão unilateral e limitada de nossa própria experiência existencial.

No entanto, o teste de São Tomé começa a ficar obsoleto, à medida que o século XXI avança com as suas velozes descobertas de âmbito científico, principalmente nas áreas da Física, Astronomia, Psicologia, Química e Bioquímica.

Nessa lógica, o nosso conjunto de crenças de modelo ocidental, arraigado a valores predominantemente materialista, apresenta fissuras por não acompanhar o ritmo da ciência que invade o cosmos à procura de vida fora do âmbito terrestre. De pessoas desinformadas, conformadas ou bitoladas, passamos a pessoas questionadoras, reflexivas e buscadoras. 

A Ufologia, que é o estudo de relatos, registros visuais, evidências físicas e demais fenômenos relacionados aos Objetos Voadores Não Identificados (OVNI), começa a ser considerada e respeitada, porque as evidências conquistam cada vez mais espaços nos meios de comunicação de massa, tornando o que era "invisível", por tratar-se de algo fora do nosso conjunto de crenças, em algo cientificamente admissível.

Com o passar dos milênios, a cultura de influência marcantemente materialista influenciou-nos a desenvolver uma visão linear e unilateral de nossa experiência vital. Por isso, deixamos de olhar para cima e para dentro, e limitamos a nossa existência ao que chamamos de realidade concreta, palpável e circundante, associada aos cinco sentidos.

Essa opressão cultural forçou-nos a supervalorizar o ego e as mazelas da experiência mundana, até surgir o computador e a internet, que abriram novos horizontes no sentido da busca por informações rápidas e eficientes.

Nos dias atuais, o que era opressão cultural transforma-se, gradativamente, em expansão consciencial através da apropriação de novos conhecimentos. Começamos a sair do casulo existencial e a olhar para cima e para dentro de nós mesmos à procura de explicações ou de respostas que são inerentes à natureza humana.

O medo do desconhecido começa a perder a sua força, à medida que aprendemos a enfrentá-lo com a mente aberta e percepção apurada, pois os monstros que ainda povoam a nossa imaginação, nada mais são que a transferência daquilo que existe em nós mesmos.

Já olhamos para o firmamento sem medo da culpa ou do castigo, e isso é saudável porque no "fundo" representa aquilo que buscamos, ou seja, a conexão interdimensional com uma realidade social mais evoluída. Portanto, justa e fraterna.

Tudo que nos leva ao desânimo, ao fundo do poço existencial, diz respeito à nossa multimilenar experiência relacionada à dor e ao sofrimento, que nos estimula a olhar para baixo e a nos fixarmos nas mazelas e vicissitudes da vida.

No filme "Matrix", temos um interessante diálogo entre dois personagens. Neo pergunta: O que é Matrix? Morfeu responde: Você quer saber o que é Matrix? Matrix está em toda parte [...} é o mundo que acredita ser real para que não perceba a verdade. Neo questiona: Qual verdade? Morfeu responde: Como todo mundo, você nasceu em cativeiro. Nasceu em uma prisão que não pode ver, cheirar ou tocar. Uma prisão para a sua mente.

Podemos entender o filme Matrix como uma alegoria ao mito da Caverna de Platão (ou alegoria da Caverna). A alegoria da Caverna mostra indivíduos que cresceram em uma caverna, acorrentados, de modo que não pudessem ver a entrada, sendo capazes de enxergar somente sombras de outros homens, do mundo exterior, que se projetavam nas paredes da caverna. Esses prisioneiros não tinham como saber que havia todo um mundo fora daquela caverna e, por isso, tinham como única realidade aquelas sombras que eram projetadas. Eram incapazes de entender que aquelas sombras eram projeções. A tinham como realidade única e independente.

Essa alegoria foi usada por Platão para mostrar que o homem normalmente vive na ignorância imposta por um conjunto de crenças, tomando muitas coisas por verdade universal devido a uma incapacidade de ver além dos sentidos.

Portanto, os condicionamentos impostos por um conjunto de crenças inserido num modelo cultural e associado ao padrão emocional-comportamental que trazemos de outras vivências, nos tornam cativos da Caverna de Platão, na qual acreditar em vida inteligente fora da Terra ou na existência de espíritos, é algo que começa quando buscamos a saída do labirinto existencial pelo caminho do conhecimento, que passa pelo processo de autodescoberta. É tempo de olhar para cima e para dentro de você. É tempo de expandir a consciência muito além do ego.


Sobre o Autor 

Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva, Psicoterapia Reencarnacionista, Terapia Floral, Psicoterapia Holística, Parapsicologia, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. 

E-mail: flaviolgb@terra.com.br

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