2015:
O ano das tragédias
envolvendo migrantes
Foto: Acnur/Daniel Etter
A agência da ONU para Refugiados, Acnur, informou nesta sexta-feira (18) que quase um milhão de pessoas conseguiram chegar à Europa pelo mar ou por terra.
Conflitos na Síria e em outros países da África e do Oriente Médio geraram esse número recorde de refugiados e de migrantes, sendo que a maioria atravessou o Mar Mediterrâneo. O Acnur acredita que 2015 poderá ultrapassar todos os recordes sobre deslocamento forçado global.
E para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, 2015 será também lembrado como o "ano das tragédias envolvendo migrantes". Até agora, foram registradas 3,6 mil mortes - pessoas que morreram afogadas durante a travessia.
O chefe da ONU lembra que muitos migrantes e refugiados que chegam ao seu destino acabam sendo explorados por traficantes de seres humanos ou servindo de "bode expiatório", sendo alvo de "políticas xenofóbicas e de discursos alarmistas".
Ban Ki-moon destaca que os direitos dos migrantes precisam ser respeitados sempre, e ele defende inclusive a ampliação de canais seguros para a migração regular, a reunificação de famílias e mais oportunidades de reassentamento.
A Grécia foi o país europeu que mais registrou chegadas de migrantes e refugiados, 806 mil. Na sequência, vêm Itália, Bulgária, Espanha, Chipre e Malta.
Alguns outros dados importantes divulgados pela ONU: neste ano, os pedidos de asilo aumentaram 78% em relação a 2014, somando mais de 993 mil requerimentos.
O número de deslocados internos também subiu, totalizando 34 milhões. Atualmente, mais de 60 milhões de pessoas no mundo estão vivendo como refugiadas ou deslocadas internas, o maior número desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Mas a agência da ONU para Refugiados aproveita também para destacar a generosidade de muitos países que estão acolhendo esses civis.
A Turquia, por exemplo, é o país que até junho abriga 1,8 milhão de refugiados, liderando a lista.
Já o Líbano é a nação que recebe mais refugiados em comparação ao tamanho de sua população, ou 29 refugiados para cada mil habitantes.
E para marcar o Dia Internacional dos Migrantes, a Organização Internacional para Migrações, OIM, promoveu uma vigília global. A agência convidou pessoas do mundo todo a acenderem uma vela em memória a milhares de refufiados e migrantes que perderam a vida enquanto buscavam um futuro melhor em outro país.
FONTE:
Redatora da Rádio ONU, Nova York
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