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sábado, 30 de maio de 2015

RACISMO & BRASILEIROS




2014: Casos de racismo envolvendo brasileiros 












Caso Aranha

No fim de agosto, o Santos venceu o Grêmio em Porto Alegre por 2 a 0, em partida válida pela Copa do Brasil. Mas o resultado ficou em segundo plano. O goleiro Aranha, do time paulista, foi alvo de ofensas racistas durante todo o jogo. Ele chamou a atenção do árbitro Wilton Pereira Sampaio várias vezes ao longo da partida, sem sucesso.


Uma torcedora do Grêmio, filmada por câmeras de TV proferindo xingamentos a Aranha, virou alvo durante semanas por ‘representar a essência’ de mais um triste capítulo registrado pelo futebol brasileiro. Como se não bastasse, um dos auditores do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) responsável pelo julgamento do caso no Rio de Janeiro foi acusado de ser racista, por conta de postagens em sua página no Facebook









Daniel Alves

Jogadores brasileiros também sofreram fora do País. No fim de abril, o lateral-direito Daniel Alves, do Barcelona, se preparava para bater um escanteio quando uma banana, atirada por um torcedor do Villarreal, caiu ao seu lado no gramado. Em um ato impulsivo, Alves pegou a banana e a comeu, antes de então cobrar o escanteio.

O caso gerou fortes repercussões – com direito a Pelé minimizar o ato racista –, com direito a uma outra polêmica: a campanha Somos Todos Macacos, encabeçada por outro brasileiro, Neymar. O que parecia ser um ato de apoio acabou se revelando uma ação de marketing do staff do atacante, e gerou fortes críticas nas redes






Tinga

Um mês antes, o volante Tinga, do Cruzeiro, foi alvo de insultos racistas durante uma partida da Copa Libertadores, contra o Real Garcilaso, do Peru. Na oportunidade, até mesmo a presidente Dilma Rousseff se solidarizou com o jogador. Apesar do regulamento da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) prever até mesmo a exclusão da equipe peruana por conta da manifestação racista de sua torcida, o clube acabou apenas multado em cerca de R$ 28 mil






Racismo na Copa

O Brasil sediou a Copa do Mundo neste ano e, lamentavelmente, nem mesmo o mais importante evento do futebol escapou de incidentes racistas. No mais emblemático deles, um torcedor inglês teve uma das orelhas mordida por outro torcedor, durante a derrota da Inglaterra para o Uruguai por 2 a 1, em 16 de junho, na Arena Corinthians. Além da agressão, a vítima teria sido chamada de “negro filho da p...” pelo seu agressor







Glória Maria


Em fevereiro, a jornalista Glória Maria, da TV Globo, chamou a atenção pela elegância durante o Baile de Carnaval da Vogue e teve uma imagem sua postada no Instagram do colunista Bruno Astuto.

Uma usuária da rede social, de maneira infeliz, perguntou “onde estava Glória Maria”, no que a jornalista respondeu: “Querida, eu também estou me procurando até agora na foto. É difícil mesmo encontrar uma neguinha no meio de tantas loiras lindas. Famosas. Celebridades. Pega uma lupa. Ilumina um pouquinho e quem sabe você consegue me ver???? Beijo”.

Uma prova de que o racismo no Brasil não faz distinções






Vinícius Romão

“Negro e com cabelo black power”. Foi o que a copeira Dalva Moreira da Costa disse ao tentar descrever o homem que a havia assaltado há duas semanas, no Rio de Janeiro. Tal descrição genérica levou a uma enorme injustiça: o ator Vinícius Romão, que trabalhava na TV Globo e não estava na cena do crime, acabou reconhecido pela copeira e foi preso.

O erro grosseiro, tanto da vítima do assalto quanto da polícia, trouxe à tona a discussão sobre o lugar comum que ainda leva ao preconceito com a população negra no Brasil






Faustão e a “vassoura de bruxa”

Durante o seu programa dominical, em abril, o apresentador Fausto Silva, o Faustão, se dirigiu a uma dançarina que dançava durante a apresentação da funkeira Anitta como “Arielle com cabelo vassoura de bruxa”.

O tom jocoso do que Faustão julgou ser “uma brincadeira” não caiu bem e muitas vozes se fizeram ouvir nas redes sociais contra o infeliz “elogio” feito pelo apresentador global






“Preta safada”

O campus de Presidente Prudente da Universidade Estadual Paulista (Unesp) foi palco de um caso grave de racismo em abril. A estudante Tais Telles foi chamada de “preta”, “macaca” e “safada” em escritos feitos na porta de um banheiro da instituição. A estudante comentou, em entrevista ao Brasil Post, o quão difícil foi fazer um boletim de ocorrência do caso como racismo, apesar da lei já ter 25 anos






Racismo nas eleições


A candidata ao governo de Minas Gerais, Cleide Donária (PCO), foi parar no hospital depois de ser agredida por um homem não identificado em setembro, durante o primeiro turno das eleições. Defensora da desmilitarização da Polícia Militar, ela foi abordada com um soco e foi chamada de “prostituta” e “negra vagabunda”. Um boletim de ocorrência foi registrado e Cleide cogitou desistir da disputa, mas seguiu até o fim. Já o agressor não foi localizado até hoje






Racismo no passaporte

A jornalista Lília de Souza não conseguiu renovar o seu passaporte até prender o seu cabelo black power.
A ordem partiu da unidade da Polícia Federal do Salvador Shopping, em agosto deste ano. Naturalmente ofendida, Lília postou a foto do constrangimento que viveu e causou diversas reações nas redes sociais. Já a Polícia Federal alegou “inúmeras razões” para reprovar a foto da jornalista com o seu cabelo solto



FONTE: BRASIL POST


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