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sábado, 30 de maio de 2015

BABY DO BRASIL & DEUS

Aos 62 na matrix de Deus,
Baby do Brasil
defende culto no Senado:
"É importante"







           






Cantora lança DVD ao vivo “Baby Sucessos: A Menina Ainda Dança”, retrospectiva de sua carreira produzida pelo filho, Pedro Baby. Ao iG, ela fala sobre música, espiritualidade e religiosos tomando conta da política: "Com os cultos acontecendo, estamos atraindo a mão de Deus", diz



Ela é uma "popstora" que vive dentro da "matrix de Deus" imersa em "experiências espirituais fantásticas." Está "de volta, mas já no futuro." Assim, Bernadete Dinorah de Carvalho Cidade define, aos 62 anos, sendo 45 de carreira, a Baby do Brasil.

Baby do Brasil lança nesta sexta-feira (29) em São Paulo o DVD
Divulgação
Baby do Brasil lança nesta sexta-feira (29) em São Paulo o DVD "Baby Sucessos"

No último mês, ela lançou seu primeiro CD/DVD ao vivo, retrospectiva que reúne sucessos desde os tempos de Novos Baianos. O show teve produção do filho, Pedro Baby, e marcou a volta de Baby à MPB, depois de anos afastada por motivos de: espiritualidade.
Capa de
Divulgação
Capa de "Baby Sucessos" é do diretor de arte Giovanni Bianco, que trabalhou com Madonna

"Pensei que nunca ia mais fazer nada aqui do lado da Babilônia", ela explica. O retorno à música popular aconteceu depois de um acerto dela com o "dono da parada inteira": "Deus falou comigo e disse para eu me preparar porque ele ia me reenviar."

O DVD tem participação especial de Caetano Veloso e arte assinada por Giovanni Bianco, que fez também as capas de o "Confessions on a Dance Flor" e "Hard Candy", de Madonna.


O show de lançamento acontece nesta sexta-feira (29) no HSBC Brasil, em São Paulo, e no dia 28 de junho no Vivo Rio, do Rio de Janeiro.


Em entrevista ao iG, Baby falou sobre descobertas de si mesma durante a produção de "Baby Sucessos", espiritualidade e defendeu religiosos promovendo cultos no Senado e na Câmara: "do jeito que a coisa vai, não conseguimos segurar. Mas papai transforma maldição em benção."



iG: Você diz que está sempre tentando se reinventar. Já mudou de nome, de sonoridade, de vida, ficou afastada da música, e agora voltou. Quem é a Baby que está na minha frente hoje?
Baby do Brasil: Brinco que neste momento, nem estou de volta, mas estou de volta no futuro. Com tudo que vivi desde que comecei, no início da música aos 17 anos, venho sendo fiel aos meus princípios de busca e a o que acredito. Tem a ver com pensamentos tem muito de psicanálise, psicologia e espiritualidade, que é a principal vertente que me move. Durante toda a minha vida eu banco esse tipo de conclusão. Com isso, chego hoje aos 62 anos, mas nem sinto, graças a Deus. Um dia uma médica me disse: quem é alegre não tem pressão alta e eu morri de rir. Eu continuo com a pressão normal e tem a ver com essa alegria, essa fé de que todas as coisas podem ser movidas por um milagre. Creio que Deus é dono da parada inteira, é o papai de todas as coisas. Creio em Cristo, no Espírito Santo, tenho experiências espirituais fantásticas. Por todos os mergulhos que me proponho a fazer, hoje você encontra a Baby de sempre, a mesma pessoa, mas com uma bagagem já constatada, e umas até julgadas e concluídas, daquilo tudo que desde garota eu queria saber. Eu sou essa pessoa e estou de volta, mas já no futuro.



iG: O que você descobriu sobre si mesma no processo de retomar sua carreira nos shows de “Baby Sucesso”?
Baby do Brasil: Descobri que toda aquela forma de cantar, aquele comportamento, é o mesmo de hoje no sentido de sua essência e valeria hoje como algo muito novo, novamente.A geração que cresceu hoje está toda lá curtindo, se sentindo em casa, feliz de cantar aquelas músicas e entendendo o assunto. Hoje, quem conhece a gravação de uma música que canto hoje curte o momento que está acontecendo, que é eu reinventando os meus improvisos, reinterpretando as coisas que cantei.


Imagens do DVD "Baby Sucessos - A Menina Ainda Dança". Foto: Divulgação

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iG: Esse show foi seu retorno à MPB depois de um tempo fastada por causa da espiritualidade. Como sua religião e sua música dialogam hoje?
Baby do Brasil: Na verdade eu não uso a palavra religião, e nem religiosidade, porque ela define muito. Jesus nunca disse “venha para a minha religião”, e eu passei a não cair para isso. Eu tenho uma conexão com Deus, papai, todo poderoso, e tudo aquilo trazido através das escrituras sagradas, e aprendido com Cristo no novo testamento. Quando eu comecei, tive um arrebatamento, em maio de 99. Fui parar no céu e minha vida mudou completamente. Pensei que nunca ia mais fazer nada aqui do lado da Babilônia, porque é bom demais quando você sobe o monte na madrugada, o monte se acende, fica fosforescente, e você está com um grupo cheio de fé. É paralítico que anda, aids que cura, câncer que cura, cegueira que cura. Quando você está no meio de milagres, é tão maravilhoso. Quando acontece coisas com você na Matrix de Deus, você não quer saber de outra coisa. Como minha profissão sempre foi cantar e compor, comecei a cantar e compor para o gospel e fiquei apaixonadíssima por isso. Vou falar agora na Matrix como “popstora”: Deus falou comigo e disse para eu me preparar porque ele ia me reenviar para o secular, como chamamos no gospel, e ia acontecer alguma coisa.






Baby e Caetano cantam
Divulgação
Baby e Caetano cantam "Menino do Rio" no show de "Baby Sucessos"



iG: Como assim, secular?
Baby do Brasil: O secular não é o gospel, é um nome que a gente dá. A música secular, e a música gospel. A de séculos em séculos, e a do trono que toca para o louvor da glória de Deus. Nessa área do gospel, eu sou ministra de louvor, faço milhões de louvores, amo tocar porque acontecem muitos milagres nessa hora. Quando Deus falou comigo, eu avisei à igreja e disse “não se assustem que haverá uma hora em que estarei de volta, mas no futuro, com toda a minha galera do secular, e Deus tem um propósito para isso, e estou nele. Então estou junto com todo mundo e todo mundo está entendendo o meu lado.



iG: Você fez adaptações nas suas músicas antigas para ficarem de acordo com as suas crenças atuais?
Baby do Brasil: As coisas já estão de acordo naturalmente, porque na verdade estou de volta na Babilônia mas em santidade. Continuo com a minha vida no altar. Continuo pregando, trabalhando com missões de rua, pessoas drogadas, mendigos. Tenho um trabalho no meu ministério, ajudo igrejas, dou um curso que chama “Viva na Quarta Dimensão Em Um Mundo de Terceira Dimensão”, que é de um pastor da Coreia do Sul, o Yonggi Cho. Subo e desço o monte, tenho quartas vigílias, continuo igualzinha, nada mudou. Hoje sou uma pessoa completa e posso andar no mundo e ser uma referência nessa área. Não tem que ser evangélico e careta. Você pode ser cristão sem a menor caretice. Jesus Cristo de careta não tinha nada, é só ler o babado que você vai entender que o negócio é punk.






iG: A Barbra Streisand diz que não existe experiência mais gratificante no mundo que fazer música com o filho. Como foi para você trabalhar com o Pedro?
Baby do Brasil: A Barbra Streisand tem toda razão. A emoção é maravilhosa. A maneira que o Pedro toca, ele é um músico de explosão com uma energia que vem do DNA, do pai dele, claramente. O emocional disso chega a um ponto que nós dois ficamos com lágrimas nos olhos de tanta alegria. Poder ter um encontro desse no palco alinha toda a nossa relação, e ela vem com uma quantidade de amor muito grande. Há um respeito que está ligado ao componente da arte, que é um dom de Deus. É muito lindo, um presente único, não tem nada que se compare na Terra.










iG: Quando o Moreno Veloso começou a tocar com o Caetano, ele trouxe uma sonoridade inédita à música do pai que deu uma renovada, tanto nos discos, quanto no público. Com o Pedro foi parecido?
Baby do Brasil: Não na parte das referências porque ele queria eu eu estivesse bem “eu”, bem a Baby que ele conheceu. Ele estava preocupado se eu ia produzir interpretações que se distanciassem das originais. Mas ele trouxe um jeito novo de enxergar o meu trabalho, depois de ficar 20 anos nos Estados Unidos se aperfeiçoando em produção.



iG: Gerações mais novas de amantes da MPB elegeram o “Acabou Chorare” o melhor disco brasileiro da história. Como você acha que esse disco ia soar se fosse feito em 2015, no atual cenário social, político e artístico do País?
Baby do Brasil: Esse disco levou anos para ser descoberto. Ele nasceu quando fomos morar juntos porque, no meio da ditadura, não tinha como a gente ter uma estrutura financeira como músicos, não existia o show business. E se você fosse tocar cabeludo e barbudo estava automaticamente em cana porque tinha cara de subversivo. A atmosfera desse amor, de morar junto, gerou um trabalho de vida. Creio que para essa música acontecer de novo, teria que seguir um caminho parecido. Quer fazer um trabalho assim? Tem que estar junto, não pode pensar em dinheiro. Tem que ter fé porque nós acreditávamos muito. “Acabou Chorare” é uma frase de Bebel que ela disse para o pai quando caiu de um banco no Peru e virou isso. Para a gente significa: acabou o choro, ninguém sentia pressão, nem depressão, ninguém estava acreditando na ditadura, a gente estava em outra. Esse é o espírito.



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"Eu estou de volta, mas já no futuro"



iG: “Brasil Pandeiro” é uma das músicas favoritas dos protestos, sejam eles anti-PT, anti-tucano, anti-qualquer coisa. Como você vê o País hoje?
Baby do Brasil: As pessoas não acreditaram que isso ia acontecer. As pessoas elegeram a Dilma e no começo, para mim, ela seria uma pessoa bacanérrima, tenho maior prazer de ter uma mulher presidente. Mas no decorrer das coisas ela se comprometeu com situações e agora estamos vendo coisas sérias acontecendo. Foi cantada a bola que ia dar problema e agora estamos nele. É triste ver o que está acontecendo e eu quero muito que as pessoas não andem para trás, esperando o que vai acontecer. Queria que as pessoas tomassem voz. Fico contente porque o lado dos evangélicos berra muito e precisamos valorizar isso. As pessoas falam mal do Silas Malafaia, mas se você olhar ele tem sido um dos maiores responsáveis por reunir assinaturas de projetos que não são viáveis.



iG: Mas e os cultos que acontecem na Câmara e no Senado?
Baby do Brasil: Olha, eu realizei um culto dentro do Senado há alguns anos. Os cultos são importantes. É como se você tivesse o cristianismo chegando forte em um lugar. O pessoal do Talibã está cortando cabeça porque o cristianismo incomoda, Cristo incomodou. Mas o cristianismo tem princípios maravilhosos de amor, que acaba com essa falcatrua. Os cultos que estão acontecendo são importantes porque estamos em um lugar que tem muitas transgressões. No governo, a gente vê, a estrutura política é podre. Com os cultos acontecendo, estamos atraindo a mão de Deus. No reinado do rei Davi, o único registro que se tem até hoje que o povo teve estabilidade financeira durante quarenta anos, foi no reinado dele. Porque o rei era com Deus. Pode parecer brincadeira, mas é Matrix. Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor. Está escrito. Os cultos lá dentro são para trazer a presença de Deus e pela mão de Deus que caia tudo que não tem a ver. Porque do jeito que a coisa vai, não conseguimos segurar. Mas papai transforma maldição em benção. Glória a deus, aleluia, que assim seja! Então é melhor deixar o culto.








FONTE:




Por Gustavo Abreu , iG São Paulo | - Atualizada às

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