"Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou
ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição,
recebestes dos vossos pais."
1 Pedro 1.18
A vida religiosa não tem valor espiritual. As forças do Inferno não respeitam
quem se guia por regras religiosas. Os praticantes da Palavra, sim, são
respeitados. Os religiosos se assemelham aos fariseus, que proibiam uma série de
coisas que eles mesmos praticavam. O que o mundo faz não deve ser seguido pelo
cristão, e o que os nossos antepassados fizeram não significa que seja aprovado
pelo Senhor. As Escrituras nos ensinam o que agrada ao Altíssimo.
Triste é a pessoa que devota a sua vida a cumprir os regulamentos de uma
igreja ou religião, e não o que as Escrituras ensinam. Os dogmas e as regras
religiosas não têm valor contra os ataques do mal. Toda doutrina do homem não
aguenta o menor confronto com o inimigo. Já os que vivem os ensinamentos da
Palavra tornam-se vencedores em todos os sentidos.
Há dois tipos de pessoa: de um lado, a religiosa, que guarda os mandamentos
da sua religião; do outro, a que vive a Palavra de Deus. A primeira sofre todos
os ataques do maligno, pede ao Senhor as bênçãos, sacrifica-se e nada consegue.
A segunda é alegre, pois não dá atenção à doutrina do homem. Ela obedece à
Palavra de Deus, evita o pecado e é cheia do Espírito Santo. Essa agrada a Deus,
o qual responde às suas orações continuamente.
Nos dias do Senhor, havia um grupo
religioso – os fariseus – que se esforçava ao máximo para cumprir à risca as
proibições do judaísmo. Jesus os condenou, ensinando-nos a evitar o fermento – a
doutrina – deles (Mt
16.6). Em nossos dias, esse grupo tem crescido bastante, ainda que
não seja conhecido com o mesmo nome. São pessoas que se mostram piedosas, mas
não desfrutam das bênçãos providenciadas por Deus.
Esses novos fariseus condenam as
coisas que o mundo faz; contudo, eles próprios as praticam, usando e abusando
delas. Sem dúvida, esses hábitos, se seguidos por nós, impedem-nos de desfrutar
da divina presença. A Palavra é clara ao dizer que é preciso abandonar as coisas
que o mundo aprova, para vivermos de maneira santa, praticando o que é produtivo
(1
Jo 2.15).
Não importa o quanto amemos os nossos antepassados. Se o que eles nos
ensinaram não pode ser aceito como regra de conduta por quem ama o Altíssimo,
devemos abandonar tais práticas. Os preceitos estabelecidos na Palavra de Deus
são o que deve ser respeitado. Caso contrário, o que estivermos fazendo não
produzirá a operação do poder de Deus. Temos de verificar se estamos vivendo
como o Senhor determina ou segundo a carne, que para nada aproveita.
Quem quiser ser bem-sucedido deve ter como alvo os ensinamentos das
Escrituras. De outro modo, jamais agradará a Deus. A nossa conversão não é
somente uma melhora nos campos pessoal e espiritual; é a recriação dessas áreas.
Agora, uma vez tendo nascido de novo, temos de buscar e fazer as coisas lá do
Alto.
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
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