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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

FRUTOS ETERNOS

A arte de cultivar frutos eternos

podemos compreender, a partir desse ensinamento, que a Igreja é capaz de surpreender o mundo com sua mensagem e com seu poder irresistível no Espírito Santo.


Renato Collyer

A noção de agricultura e como sucedeu seu início, nos remonta a um longo retrocesso. Conta-nos a História que os homens primitivos, há mais ou menos cerca de doze mil anos atrás, no período conhecido como Neolítico (ou Período da Pedra Polida), perceberam que poderiam enterrar certos grãos que eles próprios coletavam da natureza. Aqueles indivíduos, mesmo em seu intelecto bastante reduzido, notaram que o simples ato de enterrar as sementes era capaz de fazer surgir novas plantas, semelhantes as que haviam originado. Descobriram, assim, o processo de cultivar.
Essa simples prática de enterrar as sementes garantiu o crescimento dos alimentos dos indivíduos daquele período histórico.
Com o passar dos tempos, as plantas eram cultivadas muito próximas umas das outras, pois esses indivíduos também perceberam que os frutos produzidos poderiam ser facilmente colhidos quando já maduros estivessem. A partir daquele momento, o homem primitivo deixou de ser peregrino sobre a terra e passou a criar raízes profundas em seu novo habitat, favorecendo o surgimento dos primeiros agrupamentos humanos, sem possuir, no entanto, os elementos complexos da sociedade atual, como forma de governo, noção de território ou nacionalidade, por exemplo.
A constante busca por comida foi abandonada, dando lugar ao plantio em grande escala. Os homens primitivos selecionavam as sementes que, à primeira vista, traziam mais benefícios, como tamanho, percentual de produtividade e sabor agradável. Eles não possuíam os modernos eletrodomésticos que temos hoje, capazes de cozinhar os alimentos, por isso recorriam aos alimentos que podiam ser facilmente digeridos, sem precisar de tratamento especial.
Surge, então, o cultivo das primeiras plantas domesticadas, como o trigo e a cevada.
A grande produção agrícola representou um verdadeiro divisor de águas, separando o período do Neolítico do período da Idade da Pedra. É bem provável que a agricultura tenha surgido em diferentes partes do mundo, sem qualquer ligação entre os povos, principalmente em vales e várzeas fluviais.
Segundo os historiadores, as constantes mudanças no clima são as possíveis razões que levaram o homem primitivo à descoberta da agricultura. Com a sua disseminação, passaram a existir enormes aglomerados humanos. Os indivíduos começaram a se juntar em torno dessa atividade, que trazia uma maior sustentabilidade do que as ultrapassadas atividades de caça e pesca, que passaram a figurar de modo secundário. Porém durante um considerado período de tempo, essas duas atividades coexistiram.
Os historiadores divergem no tocante aos benefícios da agricultura para os homens do passado. Alguns afirmam que o fato de um grupo ter se fixado na terra proporcionou mais tempo para se dedicarem a novas formas de tecnologias, pois não necessitavam mais ir em busca de alimentos na natureza, já que possuíam seu próprio meio de subsistência. Assim, passaram a acumular bens de capital, trazendo um melhoramento, pelo menos aparente, de seu padrão de vida.
Para outros historiadores, o segundo grupo, que continuou utilizando-se da caça e dos alimentos nativos, conseguiu manter o equilíbrio ecológico com o ambiente. Para esses historiadores, o primeiro grupo acabou por desmatar a vegetação nativa com o intuito de implantar a chamada monocultura, sempre procurando maior quantidade, sem, contudo, variar sua produção. Passaram, então, a fazer uso de pesticidas e outros elementos químicos nocivos, causando grandes impactos na água, no solo, na fauna e flora da sua região.


O Semeador excelente

Cristo ensinava por meio de parábolas, uma espécie de pequenas histórias de fácil compreensão. Ele usava esse método porque sabia que deste modo suas palavras poderiam ser entendidas desde o menos letrado do povo até o mais sábio dos escribas. Cristo não usava métodos de persuasão, nem fazia uso de uma linguagem rebuscada. Pelo contrário, utilizava-se da simplicidade das parábolas para transmitir seu recado.
Nas relações interpessoais, a grande chave para se alcançar um objetivo, seja ele qual for, é criar uma rota de fácil acesso entre o emissor e o destinatário. É preciso deixar claro o que se deseja alcançar. Não adianta utilizar métodos inovadores ou experimentais se não conseguimos expressar de modo coeso nosso raciocínio. Faz-se necessário oferecer sempre uma espécie de ponto comum de raciocínio, ou o que eu chamo de Ponto de Referência.
A partir de um ponto de referência, é possível chegar a qualquer lugar, partindo-se de um ponto de comum acesso e entendimento ao ouvinte. Jesus sabia usar isso como ninguém. Ele falava das coisas sobrenaturais usando como referência simples situações do dia a dia, facilmente conhecidas por todos. Assim, Cristo discorria sobre assuntos até então inalcançáveis pelas pessoas, porém facilmente assimiláveis por causa do ponto de referência que utilizava.
Certa ocasião, Jesus falou a respeito de um semeador que saíra para semear e mais uma vez o Salvador fez uso do que adotamos chamar de Ponto de Referência.
Durante o seu trajeto, um semeador deixara cair as sementes em diferentes tipos de solos. Uma certa quantidade de sementes caiu ao pé do caminho, porém as aves as comeram. Outras sementes caíram em terreno pedregoso. Como não havia terra suficiente para se desenvolverem, essas nasceram rapidamente, porém acabaram sendo queimadas pelo sol, uma vez que não tinham raízes profundas. Uma outra parte das sementes caiu entre os espinhos, que as sufocaram. Porém, uma parte dessas sementes caiu em uma terra boa. Passado um certo período, essas sementes foram crescendo e deram lindos frutos.
Jesus discorreu sobre essa parábola para explicar sobre sua importante missão na terra. Aqueles que possuíam um nível de sensibilidade maior logo notaram que o semeador, na verdade, era o próprio Cristo. O mestre estava contando sua própria história. Ele desejava impregnar nos corações de seus ouvintes que todos representavam também um semeador em potencial. Todos aqueles que anunciam a Palavra de Salvação são semeadores.
Jesus surpreendia a todos aqueles que o seguiam. As pessoas ficavam simplesmente maravilhadas. Admiravam a simplicidade com que Jesus tratava de assuntos tão espetaculares. “Como pode um homem falar sobre o Reino dos Céus de maneira tão simples e de fácil compreensão?” Era o que alguns perguntavam para si mesmos, enquanto eram impactados por tão notável saber. Cristo tinha essa naturalidade simplesmente pelo fato de não pertencer a este mundo. Ele falava sobre algo que lhe era muito familiar: o Reino de Deus.
Reflita em como é fácil falar de algo que conhecemos bastante. Como é simples discorrer sobre assuntos que fazem parte do nosso cotidiano. Ao contrário, quando entramos em um campo que não é de nosso entendimento, que não dominamos, fica muito mais dispendioso tecermos qualquer tipo de comentário, quanto mais convencer as pessoas a respeito do que estamos tratando.
As palavras de Jesus inspiravam confiança. Seus ensinamentos eram capazes de reeditar a vida das pessoas. Imagine o impacto que sofriam aquelas pessoas ao saberem que seus passados tenebrosos haviam sido apagados. Seus erros estavam perdoados. Suas vidas começariam outra vez a partir do seu encontro com o Salvador. Tudo seria novo, não haveria mais condenação.
Nenhum outro homem jamais teve tanto poder. Sequer um poderoso rei do Mundo Antigo tinha autoridade para simplesmente apagar os erros de um indivíduo castigado pelo pecado, marcado por uma vida sem a graça de Deus.


O princípio da semeadura

Está escrito: “E disse Deus: Produza a terra relva, ervas que dêem semente, e árvores frutíferas que dêem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele, sobre a terra. E assim foi” (Gênesis 1.11).
No início dos tempos, durante a Criação, Deus estabeleceu o maior de todos os princípios que regem o universo. A Lei da Semeadura ou Princípio da Semeadura é uma das leis que regem o mundo espiritual.
Não devemos, contudo, confundir essa lei divina, com a chamada Lei de Causa e Efeito. Essa última tem enorme aplicabilidade nas ciências exatas como Matemática, Física e Química. Essa lei parte da premissa de que nenhum efeito é quantitativamente maior e/ou quantitativamente superior à causa. Também é aplicada na Filosofia.
A Lei de Causa e Efeito é aplicada também na doutrina Budista e no Espiritismo, porém não é objetivo nosso analisá-la. Cabe-nos somente diferenciá-la da Lei da Semeadura, porque essa é uma lei divina, com aplicabilidade também terrena. Diferentemente da Matemática, Física e demais ciências estudadas pelo homem, a sabedoria de Deus não pode ser mensurada e sua infinita graça e misericórdia não podem ser compreendidas através de equações ou fórmulas.
O Princípio da Semeadura rege as relações humanas e suas repercussões no mundo espiritual, soando como ecos que se propagam por entre as paredes de uma enorme caverna desconhecida para o homem natural.


A árdua arte de plantar e colher

Em nossos dias, a doutrina do imediatismo está infectando a mente dos jovens. Poucos são os que se concentram em estabelecer metas e lutar a todo custo para alcançá-las. A grande maioria prefere ir pelo caminho mais fácil, menos árduo ou mais prazeroso. Seus grandes ídolos são astros da música, do cinema, que atingiram a ascensão meteórica da noite para o dia. Essas pessoas não se importam em passar para seus fãs a imagem de que é preciso muito esforço para se alcançar o sucesso. Pelo contrário, sufocam seus admiradores com ilusões de que o mundo é uma grande festa e que tudo é possível, basta somente sonhar.
Quando um sonho é idealizado no inconsciente de um indivíduo, permanecendo estático até a idade adulta, pode tornar-se algo inalcançável, impossível de ser concretizado, pois lhe faltam o vigor e a audácia da juventude. Muitas vezes essa situação pode levar uma pessoa a uma grave crise depressiva, fazendo-o acreditar que nada mais dará certo em sua vida.
Porém, quando essa mesma pessoa tenta de todas as formas e com todas as suas forças alcançar esse sonho, mesmo não logrando êxito, contemplará o sentimento de um dever cumprido. Encontrará mais uma forma de como não fazê-lo. Correrá, então, para descobrir como realizá-lo.
Está escrito que “tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6.7).
O texto bíblico nos revela a aplicabilidade do Principio da Semeadura.
Você já plantou alguma coisa?
Não é preciso ter um conhecimento apurado em Ciências Agrárias para saber que se plantarmos arroz, colheremos arroz; se plantarmos trigo, de igual modo, colheremos trigo. Partindo-se desse raciocínio, se plantarmos ódio, colheremos ódio e se plantarmos amor e respeito colheremos exatamente a mesma coisa.
Note que há uma estreita relação entre o que foi plantado e o que foi, logo em seguida, colhido. Há uma reciprocidade nos dois processos. Não podemos esperar colher algo diferente do que plantamos, seja na espécie, quantidade ou qualidade. Nesse aspecto, podemos comparar a Lei da Semeadura com a Lei de Causa e Efeito, pois se trata de uma ação estritamente humana. De igual modo, nunca colheremos algo que não plantamos, assim como não podemos plantar uma espécie com a esperança de que nasça um fruto de espécie diversa. Devemos sempre semear aquilo que desejamos colher.
Partindo para a Física, você recorda o que diz o Princípio da Ação e Reação? Esse princípio é a terceira lei de Issac Newton. As outras duas são o Princípio da Inércia e o Princípio Fundamental da Dinâmica. Em sua terceira lei, o físico e matemático, nascido em Woolsthorpe, no dia 4 de janeiro de 1643, declara que “se um corpo A aplicar uma força sobre um corpo B, receberá deste uma força de mesma intensidade, mesma direção e de sentido contrário”.
Trazendo à lume mais esse princípio, fica claro que somos nós quem determinamos a espécie de nossa semente, pois não podemos esperar colher algo diverso do que semeamos.
Devemos estar atentos à qualidade de nossas sementes, bem como ao tipo da terra em que iremos plantar. Há diferentes tipos de solos. Devemos semear em solos de boa qualidade para obter o resultado na proporção que esperamos. Os solos ruins devem ser evitados.
Como seguidores de Cristo, somos a colheita de Deus, por isso devemos parecer com nossa semente: Jesus. Devemos a cada dia nos aperfeiçoar no Senhor para que consigamos semear novas vidas para o Reino dos Céus. É nossa obrigação sermos semelhantes a Cristo, a semente de toda obra divina.
Em Mateus, capítulo 13, versículos 37 e 38, Jesus, explicando a parábola do trigo e do joio (versículos 24 a 30), nos ensina que “o que semeia a boa semente é o filho do homem. O campo é o mundo, e a boa semente são os filhos do reino. O joio são os filhos do maligno”.
Precisamos entender que devemos semear exatamente aquilo que queremos colher, ao invés de simplesmente jogarmos as sementes a esmo.


As palavras lançadas como semente

As palavras são poderosas armas quando bem utilizadas. Através delas, guerras são declaradas, acordos de paz são selados, sentenças de morte são proferidas, e absolvições realizadas. É o instrumento de comunicação do ser humano.
Não podemos desassociar a história da língua escrita com o desenvolvimento da civilização, pois há uma forte ligação entre ambas. Segundo historiadores, a língua escrita surgiu há cerca de 50 mil anos atrás da nossa era, com inscrições feitas em pedras e ossos, ou há cerca de 30 mil anos atrás, através de figuras pintadas em rochas e cavernas.
Os pictogramas constituíram a primeira grande invenção do homem no domínio da escrita. Para outros estudiosos, porém, o registro mais antigo é o da escrita sumérica, levando-se em conta o seu caráter predominantemente de escrita, pois não se tratava de pintura ou de desenhos gravados em pedras. Os sumérios, uma cultura da antiga Mesopotâmia, criaram as primeiras cidades.
Anos mais tarde, os egípcios desenvolveram a escrita hieroglífera. Criaram, então, determinados sinais, que poderiam ser facilmente encontrados em seus túmulos e pirâmides. Também passaram a registrar seus textos religiosos e importantes documentos em papiros.
Ainda, por volta de mil anos antes de Cristo, os fenícios, da antiga cidade de Biblos, desenvolveram um sistema de escrita formado por vinte e duas letras. Pela sua simplicidade, essa forma de escrita propagou-se rapidamente entre os povos semitas, atingindo mais tarde a Pérsia e a Índia. Os gregos, anos mais tarde, também passaram a adotá-la.


A menor das sementes

Jesus disse que “o reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. Embora seja a menor de todas as sementes, contudo, quando cresce, é maior do que as hortaliças, e se transforma em árvore, de sorte que vêm as aves do céu e se aninham nos seus ramos” (Mateus 13.31,32).
A semente de mostarda (sinápis) é de origem egípcia. Mais uma vez, Jesus utilizou-se de um Ponto de Referência de fácil acesso para explicar aos seus ouvintes a respeito do Reino dos Céus.
É bem provável que alguns digam que a Bíblia esteja errada ou que Jesus demonstrou ter pouco conhecimento sobre botânica, porque, afinal, mesmo o menos entendido no assunto pode citar algumas sementes menores que a de mostarda, como alpiste, painço, girassol ou demais sementes para pássaros. Cristo, porém, tomou por base uma semente bastante conhecida do povo a quem ele falava e que produzia um resultado maior do que uma gramínea, como no caso do alpiste.
O Salvador queria demonstrar que o Reino de Deus é invisível quando semeado no coração do homem, mas seus resultados são grandiosos. Somente a Palavra de Deus é capaz de mudar a trajetória de vidas consideradas irrecuperáveis. Quantos testemunhos já ouvimos de pessoas que estavam entregues às drogas e que foram resgatadas pela Palavra da Salvação? Incontáveis lares já foram restituídos e resgatados por seu intermédio. Ela também é uma pequena semente que cresce e gera abrigo dentro do coração do homem. Somente a mudança é possível quando possuímos dentro de nós o grande conforto e abrigo do Pai.
A mostarda negra era a mais conhecida nos tempos de Cristo, sendo suas sementes utilizadas como temperos para alimentos, depois de serem trituradas. Em terra fértil, a semente poderia crescer rapidamente até três ou quatro metros de altura, e as aves do céu utilizavam seus ramos para aninharem-se.
Jesus queria que as pessoas compreendessem a grande contradição apresentada por esta hortaliça: mesmo uma semente tão pequena era capaz de produzir um enorme resultado. Isso desafiava toda a lógica daquelas pessoas.
Podemos compreender, a partir desse ensinamento, que a Igreja é capaz de surpreender o mundo com sua mensagem e com seu poder irresistível no Espírito Santo. Pois assim como a pequena semente de mostarda, a Igreja é capaz de crescer e se transformar em algo muito maior, mesmo em meio às adversidades e aos ataques dos inimigos do Reino.
Em Mateus, capítulo 17, versículo 20, Jesus utilizou-se novamente da figura do grão de mostarda para ilustrar o poder misterioso da fé: “E Jesus lhes disse: se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá – e há de passar; e nada vos será impossível”.
A Igreja do Senhor está alcançando lugar de destaque na sociedade moderna. Constantemente podemos observar grandes líderes religiosos ocupando horários nobres na programação de diversos canais de televisão. A palavra está sendo anunciada como nunca. Ao mesmo tempo, a Igreja está sendo bombardeada pelo inimigo, pois está em posição de destaque, chamando a atenção. Como bem declarou Cristo: “vêm as aves do céu e se aninham nos seus ramos”.
A árvore atinge proporções tão grandes que é capaz de chamar atenção das aves que estão no céu, que desejam, de algum modo, tirar proveito dela, repousando-se em seus ramos.
O pecado, a carne, e o mundanismo são os impeditivos do desenvolvimento do Reino de Deus. “Porque tudo o que há no mundo, a lascívia da carne, a lascívia dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua lascívia; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1 João 2.16,17).


O fruto do Espírito

No estudo da Botânica, fruto é o resultado do amadurecimento do ovário das flores, garantindo a proteção e auxiliando a dispersão das sementes surgidas após a fecundação. Os frutos mantêm-se fechados sobre as sementes até, pelo menos, o momento da maturação. Somente quando as sementes estão prontas para germinar é que os frutos amadurecem e se abrem.
Em Mateus, capítulo 7, versículos 17 a 20, percebemos que, no sentido bíblico, o fruto está associado às nossas atitudes: “Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis”.
Se nossas ações estiverem de acordo com os ensinamentos de Cristo, daremos sempre muitos frutos. E frutos excelentes. “Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (João 15.2,5).
Podemos dizer que o fruto do Espírito é a manifestação das virtudes de Deus na vida do cristão, conforme o grau de entrega deste como servo ao Senhor. É uma obra do Espírito Santo, transmitindo ao homem toda a plenitude do Pai.
O fruto do Espírito nos torna pessoas mais parecidas com Cristo, uma vez que constitui-se em expressões do seu caráter em nossas vidas. O fruto também produz santificação à medida em que nos purifica pela Palavra.
Note que o termo fruto não se encontra no plural, levando a interpretação de que o mesmo é apenas um, subdividido em nove virtudes ou atributos. Tendo no amor sua origem, essa é a principal virtude do fruto do Espírito, sendo as demais conseqüências naturais de sua prática constante. “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gálatas 5.22).
A principal virtude do fruto é o amor, simplesmente porque Deus é amor. “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus, e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (1 João 4.7,8).
E como praticar esse amor?
Assim como os grandes heróis da fé, medite na Palavra de Deus. É o caminho certo para o sucesso na vida do cristão. “Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido” (Josué 1.8).
Quando meditamos na Palavra e a praticamos, somos conduzidos de forma a termos equilíbrio em nossas atitudes. Esse, contudo, parece ser o maior desafio: praticar o que lemos e aprendemos.
É preciso vencer o estágio de mero ouvinte e leitor da palavra e a praticar diariamente em todas as situações. No aconselhamento de Tiago, “Sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural” (Tiago 1.22,23).
É preciso constantemente caminhar para um nível maior de aplicabilidade dos preceitos divinos e abandonar os mandamentos deste mundo.
Deixe que o Espírito Santo guie seus passos e não se surpreenda com as maravilhas que acontecerão em sua vida. Através do amor que brotará em você, você conseguirá discernir todas as coisas por meio de sua experiência individual com Deus.
Que o Pai Celestial sempre esteja com você.


Fonte: www.icrvb.com

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