Analisemos mais detalhadamente a narrativa de Marcos 14 versículos de 12 a 16:
"E, no primeiro dia dos pães ázimos, quando sacrificavam a páscoa, disseram-lhe os discípulos: Aonde queres que vamos fazer os preparativos para comer a páscoa?" Versículo 12
Os discípulos fizeram a pergunta no tempo certo: no primeiro dia dos pães ázimos. Eles tinham uma dúvida, precisavam de uma direção de Jesus para fazer algo: local para fazer os preparativos para comer a Páscoa.
Eu estou no tempo certo e preciso de uma direção de Jesus. Ou seja, logo que surge uma inquietação ou dúvida eu recorro imediatamente ao Senhor ou conto o problema para todos esperando a orientação humana para resolvê-la?
Saiba que seu socorro vendo do Senhor: "Senhor, onde queres que eu vá para tomar posse daquilo que Tu já preparaste para mim?"
"E enviou dois dos seus discípulos, e disse-lhes: Ide à cidade, e um homem, que leva um cântaro de água, vos encontrará; segui-o." Versículo 13
Os discípulos perguntaram e Jesus lhes deu a direção: vão dois de vocês até a cidade, lá vai haver um homem com um cântaro de água que vai encontrar vocês, sigam a esse homem.
Jesus nos dá a direção, Ele sabe de tudo e tem prazer em nos guiar para que acertemos e Ele ainda nos chama a atenção inconfundivelmente (neste caso do relato bíblico, somente as mulheres é que levavam a água e não os homens).
Quantas vezes nós já perguntamos algo importante ao Senhor, mas não paramos para ouvir a direção completa que Ele nos daria? Fazemos de várias formas, só que por nossa conta, no tempo errado e sem a orientação divina, ou seja, totalmente fora do que o Senhor nos abriu na Palavra.
O Senhor já lhe revelou na Palavra o que Ele lhe preparou? Antes de sair por aí batendo em várias portas sem resultado algum diga "Senhor, chega de dar 'cabeçada' por aí, agora eu quero ir pela tua orientação, em Nome de Jesus."
O Senhor também nos mostra inconfundivelmente o que devemos fazer, onde devemos ir, o que devemos fazer, em Nome de Jesus.
"E, onde quer que entrar, dizei ao senhor da casa: O Mestre diz: Onde está o aposento em que hei de comer a páscoa com os meus discípulos?" Versículo 14
Jesus disse para seus dois discípulos enviados por Ele para que seguissem o homem até que ele fosse ao dono da casa. Chegando lá que eles perguntassem ao dono da casa: Onde era o local onde Jesus iria comer a páscoa com seus discípulos.
Jesus diz para que sigamos à risca aquilo que Ele nos falar, mas não se engane: o Senhor fala pela Palavra e tem compromisso com ela.
Jesus não disse para que os discípulos perguntassem nada ao homem que carregava o cântaro, disse apenas que o seguissem até que chegassem ao dono da casa. Jesus sabe o caminho para a realização da nossa paz.
Moises não pode entrar na terra prometida porque feriu a rocha em vez de falar à rocha como Deus lhe havia orientado. Cuidado para não perder a sua bênção por teimosia ou por negligência. Siga confiante e seja diligente em fazer exatamente aquilo que Deus lhe falou pelas Escrituras Sagradas. Não é sempre a mesma direção: por vezes é alguma atitude prática, outras vezes são atitudes espirituais como perdoar, crer, repreender o mal, livrar-se do medo e da ansiedade que cercam um problema, etc. De qualquer forma fique atento ao que Deus lhe fala e cumpra-o à risca.
"E ele vos mostrará um grande cenáculo mobiliado e preparado; preparai-a ali." Versículo 15
O dono da casa vai mostrar a vocês a sala grande mobiliada e preparada, ali preparem a Páscoa.
O Senhor está no comando de todas as situações, não nos dá uma "salinha" ou seja, apenas um "tapa buraco" para o problema que nos aflige. Jesus vê mais alto e melhor do que nós e se alegra de nos mostrar o lugar que Ele já nos preparou e saiba, não é coisa pequena, não! É a bênção materializada. Ali nos estabelecemos, para a glória de Deus.
"E, saindo os seus discípulos, foram à cidade, e acharam como lhes tinha dito, e prepararam a páscoa." Versículo 16
Os discípulos ouviram a instrução completa de Jesus e saíram para executá-la. Foram e acharam exatamente aquilo que Jesus lhes havia dito. E fizeram o que tinham de fazer: prepararam a Páscoa.
Eu creio, confio e ouço a direção completa que Jesus tem para mim e saio para executá-la?
Eu aceito ser capacitada por Deus para fazer o que deve ser feito? Enfrento com coragem o que Ele me propôs?
Se eu realmente for, o Senhor me garante que encontro exatamente o que Ele já me havia dito.
Mas como posso saber "o quê", "quando", "como" e "onde" se não estou em contato com o Senhor? Impossível.
Se eu quero receber o que Jesus já me preparou eu preciso estar diariamente em contato com o Salvador, Ele é a Palavra, não há outro caminho.
Desta forma podemos receber a direção perfeita para vencer e conquistar tudo o que já é nosso.
Pare de adiar as suas bênçãos: confie e siga o ritmo do Senhor!
CÍCERO MORAES/BBC BRASILImage captionConcepção artística do designer gráfico especialista em reconstituição facial forense Cícero Moraes mosta que judeus que viviam no Oriente Médio no século 1 tinham a pele, o cabelo e os olhos escuros
Foram séculos e séculos de eurocentrismo - tanto na arte quanto na religião - para que se sedimentasse a imagem mais conhecida de Jesus Cristo: um homem branco, barbudo, de longos cabelos castanhos claros e olhos azuis. Apesar de ser um retrato já conhecido pela maior parte dos cerca de 2 bilhões de cristãos no mundo, trata-se de uma construção que pouco deve ter tido a ver com a realidade.
O Jesus histórico, apontam especialistas, muito provavelmente era moreno, baixinho e mantinha os cabelos aparados, como os outros judeus de sua época.
A dificuldade para se saber como era a aparência de Jesus vem da própria base do cristianismo: a Bíblia, conjunto de livros sagrados cujo Novo Testamento narra a vida de Jesus - e os primeiros desdobramentos de sua doutrina - não faz qualquer menção que indique como era sua aparência.
"Nos evangelhos ele não é descrito fisicamente. Nem se era alto ou baixo, bem-apessoado ou forte. A única coisa que se diz é sua idade aproximada, cerca de 30 anos", comenta a historiadora neozelandesa Joan E. Taylor, autora do recém-lançado livro What Did Jesus Look Like? e professora do Departamento de Teologia e Estudos Religiosos do King's College de Londres.
"Essa ausência de dados é muito significativa. Parece indicar que os primeiros seguidores de Jesus não se preocupavam com tal informação. Que para eles era mais importante registrar as ideias e os papos desse cara do que dizer como ele era fisicamente", afirma o historiador André Leonardo Chevitarese, professor do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e autor do livro Jesus Histórico - Uma Brevíssima Introdução.
Em 2001, para um documentário produzido pela BBC, o especialista forense em reconstruções faciais britânico Richard Neave utilizou conhecimentos científicos para chegar a uma imagem que pode ser considerada próxima da realidade. A partir de três crânios do século 1, de antigos habitantes da mesma região onde Jesus teria vivido, ele e sua equipe recriaram, utilizando modelagem 3D, como seria um rosto típico que pode muito bem ter sido o de Jesus.
Image captionIlustração feita por especialista Richard Neave para documentário da BBC em 2001
Esqueletos de judeus dessa época mostram que a altura média era de 1,60 m e que a grande maioria deles pesava pouco mais de 50 quilos. A cor da pele é uma estimativa.
Taylor chegou a conclusões semelhantes sobre a fisionomia de Jesus. "Os judeus da época eram biologicamente semelhantes aos judeus iraquianos de hoje em dia. Assim, acredito que ele tinha cabelos de castanho-escuros a pretos, olhos castanhos, pele morena. Um homem típico do Oriente Médio", afirma.
"Certamente ele era moreno, considerando a tez de pessoas daquela região e, principalmente, analisando a fisionomia de homens do deserto, gente que vive sob o sol intenso", comenta o designer gráfico brasileiro Cícero Moraes, especialista em reconstituição facial forense com trabalhos realizados para universidades estrangeiras. Ele já fez reconstituição facial de 11 santos católicos - e criou uma imagem científica de Jesus Cristo a pedido da reportagem.
"O melhor caminho para imaginar a face de Jesus seria olhar para algum beduíno daquelas terras desérticas, andarilho nômade daquelas terras castigadas pelo sol inclemente", diz o teólogo Pedro Lima Vasconcellos, professor da Universidade Federal de Alagoas e autor do livro O Código da Vinci e o Cristianismo dos Primeiros Séculos.
Outra questão interessante é a cabeleira. Na Epístola aos Coríntios, Paulo escreve que "é uma desonra para o homem ter cabelo comprido". O que indica que o próprio Jesus não tivesse tido madeixas longas, como costuma ser retratado.
"Para o mundo romano, a aparência aceitável para um homem eram barbas feitas e cabelos curtos. Um filósofo da antiguidade provavelmente tinha cabelo curto e, talvez, deixasse a barba por fazer", afirma a historiadora Joan E. Taylor.
ICON PRODUCTIONS/DIVULGAÇÃO
O ator Jim Caviezel interpretou Jesus no filme 'A Paixão de Cristo', de 2004, dirigido por Mel Gibso
Chevitarese diz que as primeiras iconografias conhecidas de Jesus, que datam do século 3, traziam-no como um jovem imberbe e de cabelos curtos. "Era muito mais a representação de um jovem filósofo, um professor, do que um deus barbudo", pontua ele.
"No centro da iconografia paleocristã, Cristo aparece sob diversas angulações: com o rosto barbado, como um filósofo ou mestre; ou imberbe, com o rosto apolíneo; com o pálio ou a túnica; com o semblante do deus Sol ou de humilde pastor", contextualiza a pesquisadora Wilma Steagall De Tommaso, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e do Museu de Arte Sacra de São Paulo e membro da Sociedade Brasileira de Teologia e Ciências da Religião.
Imagens
Joan acredita que as imagens que se consolidaram ao longo dos séculos sempre procuraram retratar o Cristo, ou seja, a figura divina, de filho de Deus - e não o Jesus humano. "E esse é um assunto que sempre me fascinou. Eu queria ver Jesus claramente", diz.
A representação de Jesus barbudo e cabeludo surgiu na Idade Média, durante o auge do Império Bizantino. Como lembra o professor Chevitarese, eles começaram a retratar a figura de Cristo como um ser invencível, semelhante fisicamente aos reis e imperadores da época.
"Ao longo da história, as representações artísticas de Jesus e de sua face raras vezes se preocuparam em apresentar o ser humano concreto que habitou a Palestina no início da era cristã", diz o sociólogo Francisco Borba Ribeiro Neto, coordenador do Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
"Nas Igrejas Católicas do Oriente, o ícone de Cristo deve seguir uma série de regras para que a imagem transmita essa outra percepção da realidade de Cristo. Por exemplo, a testa é alta, com rugas que normalmente se agrupam entre os olhos, sugerindo a sabedoria e a capacidade de ver além do mundo material, nas cenas com várias pessoas ele é sempre representado maior, indicando sua ascendência sobre o ser humano normal, e na cruz é representado vivo e na glória, indicando, desde aí, a sua ressurreição."
Image captionDIVULGAÇÃOJoaquin Phoenix interpretou Jesus no filme 'Maria Madalena', de 2018
Direito de imagem
Como a Igreja ocidental não criou tais normas, os artistas que representaram Cristo ao longo dos séculos criaram-no a seu modo. "Pode ser uma figura doce ou até fofa em muitas imagens barrocas ou um Cristo sofrido e martirizado como nas obras de Caravaggio ou Goya", pontua Ribeiro Neto.
"O problema da representação fiel ao personagem histórico é uma questão do nosso tempo, quando a reflexão crítica mostrou as formas de dominação cultural associadas às representações artísticas", prossegue o sociólogo. "Nesse sentido, o problema não é termos um Cristo loiro de olhos azuis. É termos fiéis negros ou mulatos, com feições caboclas, imaginando que a divindade deve se apresentar com feições europeias porque essas representam aqueles que estão 'por cima' na escala social."
Essa distância entre o Jesus "europeu" e os novos fiéis de países distantes foi reduzida na busca por uma representação bem mais aproximada, um "Jesus étnico", segundo o historiador Chevitarese. "Retratos de Jesus em Macau, antiga colônia portuguesa na China, mostram-no de olhos puxados, com a forma de se vestir própria de um chinês. Na Etiópia, há registros de um Jesus com feições negras."
No Brasil, o Jesus "europeu" convive hoje com imagens de um Cristo mais próximo dos fiéis, como nas obras de Cláudio Pastro (1948-2016), considerado o artista sacro mais importante do país desde Aleijadinho. Responsável por painéis, vitrais e pinturas do interior do Santuário Nacional de Aparecida, Pastro sempre pintou Cristo com rostos populares brasileiros.
Para quem acredita nas mensagens de Jesus, entretanto, suas feições reais pouco importam. "Nunca me ocupei diretamente da aparência física de Jesus. Na verdade, a fisionomia física de Jesus não tem tanta importância quanto o ar que transfigurava de seu olhar e gestos, irradiando a misericórdia de Deus, face humana do Espírito que o habitava em plenitude. Fisionomia bem conhecida do coração dos que nele creem", diz o teólogo Francisco Catão, autor do livro Catecismo e Catequese, entre outros.
Postado: Há Sat, 17 Mar 2018 09:00:22 -0000Fonte: G1 > Ciência e Saúde
Facilidade de chamar médico pelo celular pode resolver alguns casos, mas não todos, diz especialista.
Dificuldade de exames laboratoriais é uma das questões a serem consideradas.
Aplicativo conta com diversas especialidades; profissional deve ser registrado como especialista no Conselho Regional de Medicina da localidade em que atua, avisa o CFM Reprodução TV Globo
A possibilidade de chamar um médico por um aplicativo de celular e ser atendido em casa já existe e foi recentemente regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina.
"Vimos que a nova modalidade é uma realidade e as pessoas se interessam. Desde que se cumpra com todas as regras, a ideia é muito bem aceita", diz José Fernando Vinagre, corregedor do CFM (Conselho Federal de Medicina).
Há pelo menos três aplicativos em funcionamento:
o "Docway", o "Dr. Já" e o "Doctorengage".
O CFM estabeleceu que esses aplicativos devem ter um diretor técnico e um registro no conselho do estado onde atuam.
O preço das consultas não pode ser divulgado em anúncios promocionais e o médico cadastrado, como todos os atuantes no mercado, devem ter um registro profissional (o CRM).
Segundo o Conselho Federal de Medicina, as especialidades mais chamadas são pediatria, clínica médica, medicina da família e ginecologia.
Apesar de ser uma facilidade, o uso dessas ferramentas demanda maior responsabilidade do paciente.
"Ele que vai avaliar se a situação requer um ambiente com mais estrutura, onde há a possibilidade de fazer exames laboratoriais, por exemplo", avalia Vinagre.
O médico lembra que os aplicativos não substituem o atendimento hospitalar, nem o acompanhamento constante com especialista.
Confira algumas orientações sobre a melhor maneira de usar os aplicativos.
Conselho Federal de Medicina regulamenta aplicativos de atendimento médico
1 - Melhor usar em circunstâncias mais simples A ideia do aplicativo é de ser um atendimento para situações menos complexas, quando há a impossibilidade de se chegar até a consulta ou quando se quer maior conveniência, explica Vinagre. "Por exemplo, no caso de se estar gripado e a pessoa não querer ir a um pronto-atendimento", diz.
2 - Faça uma avaliação se não é o caso de chamar a ambulância ou de ir imediatamente ao hospital O corregedor do Conselho Federal de Medicina avisa que, para muitos casos, o atendimento pelo aplicativo não terá os recursos necessários para resolver a situação, como no caso de algumas fraturas, por exemplo. "Sentiu uma dor no peito? Tem de chamar o SAMU*, que vai chegar muito mais rápido e ter recursos", diz. "Caiu e tem uma fratura? Tem que ir ao hospital ou chamar uma ambulância", avisa. *SAMU é a ambulância do SUS. O telefone para emergências é o 192.
3 - Considere que o médico não vai ter estrutura para exames e outras investigações O médico do aplicativo só vai ter condições de fazer uma avaliação inicial, de consulta. "O atendimento é somente clínico", diz Vinagre. Como no consultório, o médico irá ouvir o paciente, fazer uma hipótese diagnóstica e indicar um tratamento, diz o especialista. "Ele também vai avaliar se é necessária uma investigação mais profunda. Nesse caso, talvez seja preciso ir ao hospital", explica. "Caso haja indícios de que a gripe seja uma pneumonia, por exemplo, será necessário um raio-x, o que não poderá ser feito em domicílio", afirma.
4 - O médico do aplicativo não substitui o especialista que acompanha o seu caso O aplicativo deve ser visto como um atendimento domiciliar, que tem suas vantagens, mas que não vai substituir a consulta com um especialista que conhece o caso e o curso de tratamento do paciente, avalia o médico. "Se a pessoa está em um tratamento de câncer, por exemplo, e tem uma intercorrência, ela pode chamar o médico do aplicativo para algum desconforto, mas não será um atendimento aprofundado para o caso dela", diz Vinagre.
5 - Certifique-se de que aplicativo e médicos tenham registro O aplicativo deve ter registro no Conselho Regional de Medicina da localidade em que trabalha, bem como o médico que prestará o serviço. Ainda, além do registro como médico, o profissional que se apresentar como especialista em alguma área, deverá ter também um registro para a especialidade em que atua. É possível consultar o registro nos sites dos conselhos de cada estado.
6 - Fique atento se o médico mantém um prontuário O médico deve manter um prontuário da consulta, com um registro de tudo o que ocorreu no atendimento, segundo o Conselho Federal de Medicina. Isso é importante porque o paciente ou o médico que o acompanha o caso regularmente pode pedir o prontuário para o aplicativo, no caso de alguma dúvida, diz Vinagre.